sábado, 26 de maio de 2012

Capitulo 2 - Consequences


Pov Bella

Havia se passado uma semana desde aquela noite e hoje era o dia da homenagem ao Luca.
A semana tinha transcorrido com calma, nenhum evento notável. Eu não havia saído muito de casa, ainda muito abalada pela morte do Luca e com algumas dores presentes devido ao acidente ainda recente.
Meu pai e eu entramos em uma rotina agradável, ele saia para trabalhar na parte da manha e quando ele voltava, eu fazia o jantar e nós passávamos uma noite agradável na companhia um do outro. Nós não falamos muito, mas ele parecia feliz simplesmente pelo fato de eu estar aqui.
E agora aqui estava eu, deitada na minha cama encarando o teto do meu quarto pensando no que aconteceria essa noite, enquanto os primeiros raios de sol do dia entravam pela janela.
Antes de morrer, Luca havia ganhado um premio por seus feitos em pesquisas sobre linfomas, um prêmio que infelizmente ele não pode receber.
A festa onde ele receberia o prêmio se realizaria daqui a um mês em Chicago, porém com a sua morte, um amigo muito influente de seus pais, que também eram médicos, teve a idéia de realizar uma cerimônia em homenagem a sua memória, onde eu seria responsável por receber o premio em seu nome.
Eu havia convidado o meu pai para ir à cerimônia comigo, mas ele preferiu não ir, tanto pelo fato dele não conhecer muito bem o Luca, como pelo fato de que ele não saberia o que fazer lá e apesar de que teria sido bom ter o apoio de meu pai naquela hora difícil, eu o entendia por isso não insisti muito no caso.
Charlie já havia saído para trabalhar, assim, depois de fazer minha higiene e tomar uma bela xícara de café quente, escrevi um bilhete avisando que já havia ido para Seattle e que não voltaria par a casa hoje.
Quatro horas depois, devido às estradas molhadas, eu chegava à casa dos pais de Luca. Sua mãe havia decidido que era melhor eu me hospedar em sua casa, para assim não ter que voltar dirigindo para Forks de madrugada.
Antes mesmo de eu terminar de estacionar o carro, Marize, a mãe de Luca, já havia saído para me receber e depois da troca usual de amabilidades entramos na casa.
A tarde se passou em um ritmo agradável, e apesar de alguma ou outra lagrima derramada, não houve nenhuma perturbação grande o suficiente para acabar com a tranqüilidade que havia se instaurado na casa.
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A cerimônia já havia começado, e eu não sabia por quanto tempo mais eu agüentaria manter minhas emoções sob controle.
Entre tantos conhecidos, tantas histórias, era quase impossível manter as lembranças trancadas no fundo da minha mente.
Por todo o salão havia telões onde uma apresentação com fotos de diversos momentos da vida de Luca passava, em algumas dessas fotos eu aparecia sorrindo feliz ao seu lado e essas imagens rodando na minha mente fazia com que as memórias viessem à tona e com elas algumas lágrimas que por vez ou outra me escapavam.
Apesar disso, a noite passava tranqüila, sem muitas surpresas e eu achava que se manteria assim.
Bom, era isso que eu pensava.
Eu estava junto dos pais de Luca cumprimentando os convidados, conversava com um dos ex-colegas de Luca, quando uma voz familiar fez com que tudo dentro de mim se agitasse.
Eu podia sentir a minha freqüência cardíaca aumentando e sabia que ele podia ouvir também, mas mesmo assim preferi ignorar e tentar agir normalmente.
Isso funcionou, ate que Richard, o pai de Luca, veio ate mim disposto a me apresentar aos seus mais recém chegados convidados.
–Bella, querida, esse é Carlisle Cullen, um grande amigo. – disse colocando o braço ao redor de meus ombros. – Carlisle, essa é a encantadora esposa...er.. viúva do meu filho.
–É um prazer revê-la, Bella. Eu e minha família lamentamos muito pela sua perda. – Carlisle, disse, sempre cortês não importando a situação.
Apesar da dor em meu peito, e da confusão de sentimentos dentro de mim, eu me esforcei para responder, minha voz repleta de uma confiança que eu não sentia.
– É um prazer revê-lo também, Carlisle.
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Pov Edward
Eu observava o reflexo do homem no espelho do quarto. Trajando um smoking, eu parecia o que, algumas mulheres, chamariam de um deus grego, mas eu não conseguia ver isso.
A única coisa que eu conseguia ver era um homem afogado na miséria, que perdera a razão para viver quando abandonara o amor da sua vida pensando que isso seria o melhor para ela.
Olhando nos meus olhos através do espelho eu não conseguia ver nada, mas o vazio. A chama de vida que um dia habitara meus olhos sumira no instante em que eu dissera aquelas atrocidades para meu anjo.
Desde então a minha existência se limitara a sentar e chafurdar em tristeza.
Fazia tempo que eu não via meus olhos na tonalidade caramelo que eles estavam agora, eu perdera até a vontade de caçar.
Mas hoje, meus irmãos haviam me obrigado a fazê-lo. Estávamos indo a uma cerimônia que seria dada em homenagem a memória do filho de uns amigos de Carlisle, que aparentemente havia morrido em um trágico acidente carro.
Na verdade eu só estava indo por que fora obrigado pela minha família, que estava cansada de me ver trancado em meu quarto mofando.
Mas eles simplesmente não entendiam que a dor de ficar longe da minha amada Bella, era tanta dentro de mim, que me impedia de ter vontade de fazer qualquer coisa.
Olhei para foto que eu havia roubado de sua casa antes de partir, uma em que ela aparecia sozinha sorrindo brilhantemente para a câmera.
Fora graças a essa foto, essa imagem que eu ainda não havia corrido de volta para os braços de minha amada. Vendo a felicidade estampada em seu rosto, esse brilho em seus olhos, fez me manter afastado, por que eu sabia que ao meu lado ela nunca poderia ter isso.
–Vamos, Edward! Temos que ir, se não vamos chegar atrasados! – o grito da minha irmã Alice me tirou de meus pensamentos.
Suspirando, passei as mãos no meu cabelo tentando inutilmente arrumá-lo, antes de finalmente desistir e descer.
Lá embaixo, minha família esperava, todos devidamente trajados.
– Vamos logo, eu odeio chegar atrasada! – disse Alice antes de sair arrastando Jasper até a garagem.
Segui-os em direção a garagem, entrando no carro e dando partida, antes de sair cantando pneu sem me importar com os outros.
Rapidamente atravessei a cidade, minha família atrás de mim. Chegamos ao hotel onde a festa seria dada e ao descer do carro um cheiro muito familiar me atingiu.
Fiquei parado no lugar, estagnado. Aquele cheiro, uma mistura perfeita entre frésias e morangos só poderia pertencer a uma pessoa. Mas logo descartei o pensamento, não podia ser, ou será que...
Olhei para minha irmã que acabara de descer do carro.
Alice. O que você viu?
–Nada. – eu mal pude escutar o seu sussurro, antes de sair em direção ao hotel.
Entrei me dirigindo até o salão onde ocorreria a homenagem. A cada passo que eu dava o cheiro se intensificava.
“Edward, o que...” eu ouvia os pensamentos confusos da minha família atrás de mim, mas eu continuei meu caminho.
Dentro de mim as emoções eram conflitantes, a cada passo que eu dava a ansiedade aumentava e se eu fosse humano, provavelmente estaria tremendo.
Parei em frente à porta do salão somente durante um minuto, o suficiente para me acalmar e para que minha família me alcançasse. Percebi também que o cheiro perto da porta era mais concentrado.
Abri a porta do salão e ali estava ela, parada no meio do salão. Magnífica em um vestido preto que se aderia a sua forma.
–Bella...

2 comentários:

  1. oi to acompanhando essa fic e amei ela, espero por mais caps.. bjs

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  2. Gente, aí que tenso. Quero ver logo o próximo capítulo. Estou super curiosa... Hehehe
    Estou seguindo seu blog, segue o meu se puder. Bjão!
    http://meulivrocorderosa.blogspot.com.br/

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