sábado, 5 de maio de 2012

Prólogo - No te Quiero Olvidar


Prólogo: Perdido



"Você não pode me ver, não

Como eu vejo você

Eu não posso ter você, não

Como você me tem"

(You - The Pretty Reckless)



– Eu duvido que ira me pegar.


Ela ria alegremente enquanto corria pelos jardins da grande propriedade Salvatore, Damon é claro, corria atras dela, perseguindo os cachos dourados. A risada dela o encantava, parecia o som de um anjo, e ele acelerou o máximo que pode para poder pega-la.



Logo, ele estava quase a alcançando quando ela se escondeu atras de uma árvore que parecia centenária de tão grosa que era seu tronco. Ele riu ao ouvir a respiração forte da jovem e se apoiou do outro lado do tronco.


– Admita, Niky, eu te alcancei dessa vez.


Ela riu enquanto levantava o braço e o balançava como se segurasse uma bandeira.


– Bandeira branca, Dam. Eu desisto. - E riu mais uma vez ainda meia ofegante.


Ele sorriu, adorava quando ela lhe chamava assim, era a unica, aliais, que o chamava desse jeito. Da mesma forma que ele era o único que lhe chamava de Niky, era isso que eles eram, apenas Niky e Dam. Nada mais, nada menos.


Deu a volta na árvore e sentou-se no chão, logo sendo imitado por ela. Ficaram assim por um tempo, aproveitando o tempo que tinham juntos.


– Eu vou embora, semana que vem, Dam.


Sua voz era triste, como sempre acontecia quando ela tinha que viajar. Ele suspirou, seria mais dias de tortura sem ela ao seu lado. As vezes queria apenas ter o poder de mante-la ao seu lado para sempre e nunca se separar do seu céu particular.


Mas por causa do emprego do pai, Mônica sempre tinha que viajar com a família de tempos em tempos, ele era um médico renomado e sempre era chamado para atender algum paciente rico em cidades vizinhas, ficando duas ou três semanas.


– Quando você volta? - perguntou olhando no mar de olhos verdes.


Ela lhe olhou triste, e logo fechou os olhos com força enquanto criava coragem para falar.


– Eu acho que não irei voltar, Damon.


– Como...?


Não conseguiu terminar a frase, sentiu-se sem folego e sem chão.


– Dessa vez, meu pai arranjou um trabalho no outro estado, iremos nos mudar para lá.


Damon sentiu seu coração se esvaindo aos poucos, tudo o que pode fazer foi ficar em choque enquanto seu mundo desabava. Seu mundo, Mônica, estava indo embora.


Foi despertado apenas pelas lágrimas que desciam pelos olhos verdes da loira. Uma das coisas que o deixava destruído era vê-la chorar, apesar de essa ser a primeira vez que ela chorou na sua frente.


– Calma, não chore. Eu ainda estou aqui com você.


E a tomou em seus braços, em um abraço forte e protetor. Cheirou mais uma vez seus cabelos e se afastou um pouco para olha-la. Quase se perdeu no verde esmeralda profundo que amava tanto. Mas de alguma forma, ele fez a promessa que mais desejava cumprir.


– Daremos um jeito, só peço para que espere por mim. Logo que me formar irei atras de você, pedirei a sua mão em casamento e ficaremos juntos. Eu lhe prometo pois te amo, Mônica, como nunca irei amar ninguém na minha vida.


Ela suspirou e seus olhos ficaram lacrimosos novamente, o abraçou para ele não ver algumas lágrimas caindo em seus olhos. Lágrimas de misto entre felicidade e profunda tristeza, felicidade pois ele a amava e tristeza pois sabia que ele nunca realizaria aquela promessa.


Selou seus lábios por alguns segundos em um casto beijo, tentando gravar em sua memória o gosto mais doce e inebriante que já provou.


– Eu te amarei para sempre, Damon. Prometo.


– Eu também.


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