sábado, 16 de junho de 2012

Capitulo 3 - Consequences



Capitulo 3 – The Past Always Come Back



-Bella. – seu nome escapou por entre meus lábios sem que ao menos eu percebesse.

Minha reação imediata foi correr em sua direção, mas uma mão em meu ombro me parou. Olhei para trás e vi que Carlisle que me segurava no lugar.

“Edward, meu filho..”

-Pai – o sussurro torturado saiu rasgando pela minha garganta.

Eu não agüentava. Eu não podia ficar longe dela, não depois de tanto tempo sofrendo com sua ausência e muito menos sabendo que ela estava a apenas poucos metros de mim.

-Eu sei meu filho. Eu sei. Mas tenha calma, paciência. Vamos fazer as coisas do jeito certo, okay? 


“Além do mais você já passou tanto tempo longe dela, alguns minutos a mais não vão fazer diferença.” Acrescentou em pensamento.

-Tudo bem. – disse não podendo discordar da lógica de seu pensamento.

O que ele não sabia é que cada minuto, não, cada segundo, que eu passava longe de minha amada Bella era uma tortura.

Minha família adentrou no salão, e Carlisle foi em direção a um homem que devia estar na casa dos 50 anos que estava a poucos metros de Bella, por sua mente pude ver que aquele era o pai do garoto que havia morrido.

Por um momento eu me permiti sentir pena daquele homem, mas fui logo distraído pela presença de Bella.

- Carlisle, é um prazer lhe ver aqui. – disse o homem ao meu pai.

- Richard, o prazer é meu. Sinto muito por sua perda. – meu pai, sempre compassivo.

- Obrigada meu amigo.  Venha cá, quero lhe apresentar uma pessoa. – o homem se aproximou de Bella e eu fiquei alerta, esperando ansiosamente para poder ouvir sua doce voz.

O coração de Bella mais rápido a cada passo que o homem dava em sua direção. O homem passou os braços em torno dela e eu vi que ele tinha um grande carinho por ela.

-Bella, querida, esse é Carlisle Cullen, um grande amigo.  – disse e Bella olhou na direção de meu pai não parecendo surpresa ao vê-lo.  - Carlisle, essa é a encantadora esposa do meu filho. Ou era.

Um pequeno rosnado saiu de dentro do meu peito. Como assim esposa?! Ela era minha!

Eu sabia que no dia em que eu havia a abandonado naquela floresta, eu abrira espaço para que um dia isso acontecesse, na verdade esse era o meu desejo que ela se casasse com um homem que pudesse a fazer feliz de verdade, um humano.

Mas ser confrontado pela dura realidade de saber que ela realmente havia seguido em frente, de que ela havia amado outro homem além de mim o suficiente para casar-se com ele!

Eu não podia evitar onda de possessividade que tomou conta de mim daquele momento.

-É um prazer revê-la, Bella. Eu e minha família lamentamos muito pela sua perda.

-É um prazer revê-lo também, Carlisle. – minha Bella disse, e o só poder escutar sua voz foi um bálsamo para a minha negra alma.

- Vocês já se conheciam? – perguntou o sogro de Bella, fazendo que ela lançasse o que parecia um olhar de advertência em direção ao meu pai.

- Na verdade sim, Richard. Nós já nos conhecemos, eu trabalhava em Forks quando Bella se mudou para morar com o pai. Realmente ela até namorou com um dos meus filhos adotivos, Edward. – respondeu meu pai, mas parece que Bella não gostou muito de sua ultima sentença já que seu semblante fechou com a menção do meu nome.

Esta constatação fez com que algo dentro de meu peito se comprimisse. Será que era tarde demais? Eu havia magoado-a tanto ao ponto de nunca poder tê-la de volta?

Não! Me recusava a acreditar nessa possibilidade. Eu a conquistaria de novo, não importa que.

-Ah, bom. Fico feliz. – respondeu constrangido, mas o que ele pensou foi

“Fico feliz que os dois tenham terminado assim Luca pode conhecer Bella. Eles foram tão felizes juntos, eu acho que eu nunca havia visto Luca tão apaixonado até ele conhecer Bella.”

Seus pensamentos fizeram que outro rosnado saísse de dentro de meu peito.

-Calma, irmão. – disse Emmett com a mão em meu ombro me contendo.

-Não reclame, Edward. Afinal foi você que decidiu ir embora. – Alice disse não melhorando a situação.

-Bella! – uma voz exclamou ao longe, e eu me virei para encarar o homem que caminhava em direção a minha Bella de braços abertos.

- Val! – disse minha Bella e um grande e doce sorriso se abriu em seu rosto.

E agora a única pergunta em minha mente era: “Quem diabos era aquele homem?”


PDV Bella

- Val! – disse um grande sorriso se abrindo em meu rosto.

Fiz meu caminho até ele, enterrando meu rosto em seu peito, seus grandes braços que me envolveram automaticamente.

Eu senti a pressão de toda a situação sobre meus ombros e uma súbita vontade de chorar. Por que os Cullens tinham que reaparecer? Por que justamente agora? Hoje?

Reprimi as lagrimas que ameaçavam cair e encarei o rosto preocupado de Valentin.

-O que faz aqui? Eu achei que você não vinha. – falei.

- Bom, eu posso não ter sido o melhor amigo do Luca, mas ele era meu amigo. E você acha mesmo que eu deixaria minha melhor amiga sozinha aqui hoje? – respondeu, me apertando ainda mais entre seus braços.

-Obrigada.

Deu de ombros.

- Bom, por que nos não... – sua fala foi interrompida.

- Bella. – a voz estridente vinha detrás de mim. – Você está divina. Oh, eu senti tanto a sua falta. – disse Alice.

-Você também esta muito bem. – disse seca. Encarei seu rosto de fada com uma frieza que não sentia.

Dentro de mim, eu senti vontade de gritar e chorar, perguntar por que eles me abandonaram, se eu valia tão pouco assim para eles me tratarem como um brinquedo usando-o e depois jogando fora. Mas ao invés disso manti minha mascara de frieza no rosto.

Pude ver a expressão de dor em seu rosto, mas ignorei. Afinal ela também não havia ignorado toda a dor que haviam me causado?

- Eu sinto muito pela sua perda. – tentou disfarçar a situação.

-Eu também.

-Vamos, Bella. Nós temos que ir. – Valentin percebendo o clima tenso disse me arrastando-me dali.
Fomos até a mesa que nos era destinada e eu cai exausta na cadeira, Valentin sentou-se na cadeira ao meu lado me encarando.

- O que? – perguntei exasperada.

- Será que você pode me explicar o que aconteceu ali?

Suspirei, eu sabia que provavelmente eles estavam ouvindo isso.

-São eles. – seus olhos se abriram de surpresa.

-Eles?

- Sim, eles.

-Espere. Com eles você quer dizer os C.. – interrompi-o antes que ele dissesse o nome.

-Sim, sim.

-Que cara de pau. – deu um soco na mesa fazendo com que algumas pessoas se virassem para olhar, mas ele não parecia se importar com isso.

 - Como eles se atrevem. – ele parecia prestes a se levantar e ir tirar satisfações com eles por isso tentei acalmar a situação.

- Ei, ei, calma ai. – coloquei minha mão sobre a sua. Ele olhou para mim como se eu fosse um ser de outro mundo.

- Calma?! Como você consegue ficar calma em uma situação como essa?!

-Por que não importa. – respondi mesmo sabendo que era mentira.

-Não? – perguntou duvidoso.

-Não. Agora se comporte que eles vão começar a homenagem. –disse vendo como o Dr. Morgan subia ao palco.

Dr. Morgan era o amigo dos pais de Luca que havia tido a idéia de realizar esta cerimônia.

-Boa noite, caros amigos. Hoje viemos aqui para prestar uma homenagem a uma pessoa muito especial que infelizmente por razões que desconhecemos Deus não permitiu estar aqui hoje. – começou. - Luca Martin Angelin foi e sempre será uma pessoa maravilhosa, um grande médico e uma pessoa que sempre mostrou muito amor pelo próximo. Mesmo sendo tão novo teve uma grande importância para a comunidade medica, devido as suas pesquisas sobre tratamento de linfoma e é por isso que hoje eu chamo aqui a sua querida esposa para receber em seu nome um premio de agradecimento por todas as suas pesquisas que podem ser a causa de uma revolução no tratamento de câncer. Isabella, por favor. – disse me chamando ao palco.

Enxuguei as lagrimas que haviam me escapado durante o discurso no Dr. Morgan e levantei-me indo em direção ao palco.

Lá em cima me entregou o premio e desceu do palco, me deixando só para que eu fizesse o meu discurso.

- Eu me lembro do dia em que eu conheci o Luca. Eu estava no segundo ano da faculdade de medicina, eu tinha ido ao laboratório de pesquisas com alguns colegas e nos estávamos andando pelo corredor quando eu tropecei e cai, eu me lembro de fechar os olhos esperar pela batida, mas ela nunca chegou por que dois braços fortes impediram que isso acontecesse. – enxuguei as lagrimas que agora caiam sem controle.
Luca sempre se dedicou muito as suas pesquisas, sempre pensando no bem que causaria e nas vidas que seriam poupadas se ele conseguisse descobrir alguma coisa realmente significativa. Quando ele recebeu o premio ele ficou esfuziante por saber que suas pesquisas tinham dado frutos. Por alguma razão que desconhecemos Deus não quis que ele estivesse aqui hoje, mas eu tenho certeza que onde quer que ele esteja ele está muito feliz. – disse terminando meu discurso.

-Obrigada. – agradeci, antes de dar meia volta e me retirar do palco com o premio em mãos.

As pessoas continuaram a subir ao palco e prestar suas homenagens à memória do Luca, as fotos passavam no telão ao atrás do palco, as lagrimas desciam pelo meu rosto, e foi assim que o resto da noite se passou.
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Do lado de fora do hotel eu esperava Valentin que havia ido buscar o carro. Eu havia vindo no carro com o Sr. e a Sra. Angelin que ainda estavam lá dentro com alguns convidados.

Vendo meu estado de exaustão emocional, Val havia se oferecido para me levar para casa, proposta que eu aceitei rapidamente, louca para ir embora.

- Bella. – a voz aveludada que eu tanto ansiei ouvir nos últimos anos me chamou e eu senti meu coração vacilar.

Eu não estava surpresa ao todo, eu sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, mas mesmo assim eu ignorei o seu chamado e continuei a olhar para frente, a espera de um vislumbre do carro de Valentin.

- Meu amor. – tentou novamente. Só que desta vez colocou a mão sobre meu obro nu.

Eu senti a corrente elétrica atravessar meu corpo da mesma forma que fazia quando eu tinha 17 anos e uma fúria surpreendente me invadiu ao pensar que mesmo depois de todos esses anos e toda a dor que ele me fez passar, ele ainda era capaz de me fazer sentir desse modo.

- O que foi? – perguntei me virando para encarar seu rosto e tirando a sua mão de meu ombro com um safanão.

- Bella, meu amor...

-Não me chame assim! Você perdeu esse direito quando me abandonou no meio daquela floresta seis anos atrás.

Eu fiz o possível para ignorar a dor que se viu refletida em seu belo rosto, e o desejo de consolá-lo me lembrando de que ele também havia ignorado a minha dor aquele dia.

-Bella, será que nos podemos conversar? – perguntou passando a mão de modo nervoso no cabelo.

-Conversar o que?! Eu não tenho nada para falar com você. Você acha o que? Que vai chegar aparecer aqui do nada e eu vou voltar correndo para os seus braços como se nada tivesse acontecido?! – exclamei indignada.

Eu pude ver pela minha visão periférica Valentin com o carro.

- Bom querido, eu tenho novidades para você. Eu não sou mais aquela garotinha ingênua de 17 anos totalmente apaixonada. Eu cresci. Você devia tentar fazer isso também. – terminei de dizer antes de sair a passos apressados em direção ao carro, onde Valentin me esperava.


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