domingo, 22 de julho de 2012

Capitulo 4 - Consequences




          Capitulo 4 – Friends
–Você promete que vai tomar cuidado?
–Sim, Val, eu prometo. Vai por favor, me dê um crédito eu tenho 24 anos eu sei me cuidar sozinha. – disse.
Eu e Valentin estávamos no aeroporto esperando o vôo que o levaria de volta para Nova Iorque. Ele havia deixado Leon com Anne, uma amiga nossa, para poder vir à homenagem, mas tinha que voltar logo já que o hospital só havia lhe dado dois dias de folga.
Valentin e Leon eram irmãos e haviam perdido seus pais muito cedo em um trágico assalto que culminou na morte dos dois. Valentin tinha acabado de completar 19 anos e Leon tinha apenas nove meses quando isso aconteceu e desde então Valentin havia se tornado responsável por Leon.
Quando eu o conheci ele era todo um desastre, haviam se passado apenas alguns meses depois dessa tragédia, e além de sofrer com a morte dos pais ele também estava tendo que lidar com o fato que de agora em diante ele teria que cuidar de seu irmãozinho e tudo isso somado a faculdade não tornava as coisas mais fáceis.
Ele havia estado prestes a desistir da faculdade, mas eu o impedi. Até hoje eu não sei ao certo o que me levou a fazer aquilo. Eu só sei que eu não podia permitir que ele desistisse do seu sonho.
Havia alguma coisa dentro de mim que me impedia se sentar e ver como ele se afundava na dor e na tristeza como eu mesma havia feito, apesar de motivos diferentes. Então eu me dispus a ajudá-lo com Leon. Desde então nos formamos uma dupla, inseparáveis.
Eu já havia perdido as contas de quantas vezes as pessoas já haviam perguntado se eu era a mãe de Leon e/ou se eu e Valentin éramos um casal, mas eu não me importava. Eu amava meu afilhado demais para me importar em ser confundida com sua mãe e quanto a Valentin, bom, não passávamos de bons amigos.
– Se eu tivesse outra opção, eu juro que eu ficava, mas...
– Eu sei Val. Eu sei – interrompi-o. – Fica tranqüilo, eu vou ficar bem. Eu vou voltar para Forks e tudo vai ficar bem. E se alguma coisa acontecer eu juro que eu te ligo na mesma hora. – acrescentei quando eu vi que ele ia começar novamente.
–Você jura? – perguntou inseguro.
–Eu juro.
“Ultima chamada para o vôo 2785 com destino a Nova York.”
–Acho que você tem que ir. – falei.
– Promete me ligar se alguma coisa acontecer?
– Prometo.
–Tudo bem, então, se cuida ta? – disse me abraçando.
– Eu vou, não se preocupe. Boa viagem e mande um beijo bem gostoso para o meu afilhadinho, ta bom? – me separei de meu abraço.
– Okay. Tchau e me ligue viu?! – disse se afastando e indo em direção ao portão de embarque.
Fiquei lá parada no meio do aeroporto durante um tempo, até que eu o perdi de vista.
Suspirei antes de me por em movimento para ir buscar o carro no estacionamento e ir para casa.
Do lado de fora, o vislumbre de um carro amarelo chamou minha atenção. Um suspiro escapou de meus lábios.
Será que eles nunca iriam me deixar em paz? E lá estava. Alice Cullen, encostada em um de seus tão amados carrinhos de luxo, aparentemente a minha espera.
– O que você quer? – perguntei parando ao seu lado.
– Falar com você.
Suspirei exasperada, era melhor acabar logo com isso.
–Tudo bem. – passei a mão do cabelo. – Eu vou pegar o meu carro e você me segue.
–Okay.
Quando eu finalmente achei meu carro em meio aos tantos outros no estacionamento, entrei sentindo o couro macio do banco sob meus músculos tensos.
Tomei longas respirações profundas tentando não pensar no que aconteceria a seguir antes de colocar o carro em marcha.
Passei ao lado do carro de Alice e ela começou a me seguir. Eu conhecia um pequeno café ali perto e achei que fosse um bom lugar para conversarmos. Podíamos ter privacidade, mas mesmo assim era um lugar publico.
Parei o carro na rua e desci no carro entrando no café sem nem ao menos esperar por Alice. Sentei em uma mesinha no campo e pedi um chocolate para uma garçonete que estava atendendo as mesas.
Alguns minutos se passaram e então Alice entrou no café, se sentando na minha frente. Ficamos nos encarando em um silencio incomodo, mas eu não ia fazer nada para rompê-lo, afinal quem queria falar era ela, não o contrario.
A garçonete trouxe meu chocolate, e eu dei um gole, ainda encarando ela e esperando que começasse.
–Bella. Eu sei que provavelmente isso não vai fazer diferença alguma, mas eu queria te pedir perdão. – olhei para seu rosto que tinha uma expressão de dor, mas mesmo assim procurei me manter impassiva, as coisas não poderiam ser tão simples assim, nada iria apagar o sofrimento desses anos.
– Eu sei que nada que eu fizer vai mudar o que aconteceu, mas eu gostaria de pedir perdão por não estar aqui para você quando você mais precisava, por tudo que nos fizemos pra você. Bella, eu não queria...
– Sabe o que mais dói, Alice? – interrompi-a – Sabe o que mais dói para uma menina de 17 anos, Alice? Ser abandonada pela família que disse que a amava sem nem ao menos receber um adeus. Se sentir como um brinquedo, usado e jogado fora quando perdeu a serventia. Você disse que eu era a sua melhor amiga, Alice. Sua irmã. Mas quando eu precisei de você, você não estava lá. Quando o seu irmão me abandonou naquela floresta sozinha com o coração partido, você, nem sua família que tanto disse se importar comigo estava lá para mim. E o pior, que eu não era boa o suficiente nem para ganhar um adeus.
– Não foi assim, Bella. Não foi. Nós queríamos dize adeus. Mas o Edward nos proibiu. Ele disse que era melhor assim. Eu não concordava, ninguém concordava. Ninguém queria lhe deixar para trás. Nós te amávamos, nos te amamos. Eu não achei que o Edward realmente fosse levar isso à diante, eu achei que ele logo desistiria e voltaria.
– Alice, você quer mesmo que eu acredite que vocês não poderiam, se realmente quisessem, me dizer adeus? Por que eu acho que eu e você sabemos que isso não é verdade. Se vocês realmente quisessem me dizer adeus, ou realmente sentissem algum tipo de amor por mim, nada nem ninguém poderia impedir vocês.
–Bella... – tentou.
–Não, Alice. Eu não quero ouvir. Você tem razão, nada do que você disser ou fizer vai mudar o que aconteceu. E se você quiser a verdade, eu não tenho a menor vontade de perdoar vocês. – eu sabia que se ela pudesse estaria chorando, mas não me deixei abalar. Eu tinha que me manter firme.
– Mas, apesar disso. Eu vim para Forks com um objetivo, o de superar o passado. E eu acho que talvez esse seja o primeiro passo, então, eu te perdôo Alice. – eu vi um sorriso começar a crescer em seu rosto. – Eu não posso prometer que as coisas voltarão a ser como antes, ou que seremos amigas novamente. Mas eu te perdôo Alice.
– Obrigado, Bella. Você não sabe o que isso significa para mim. – disse sorrindo e eu assenti terminando meu chocolate quente.
–Bom se era só isso, eu preciso ir agora. Até algum dia Alice. – levantei pegando minha bolsa e saindo antes que ela tivesse tempo de me responder.

2 comentários:

  1. Eu gosto muito desta fic, e compreendo que escrever seja difícil e que demore muito tempo. Mas será que podiam postar mais depressa o próximo capitulo.

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  2. Nossa essa fic é totalmene foda ainda esta no começo mais parece que seria otimos
    Pena que parece que vc abandonou esse mundo pois faz uns 2 anos que vc ñ posta ou atualiza. Quero muito que vc volte vc tem talento garota

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